segunda-feira, 30 de maio de 2011

Arquivos da ditadura no Brasil tornam-se Registro Memória do Mundo
Por Redação - Site Memórias Reveladas





NOVA YORK
(Rádio ONU) - A Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco, informou que os arquivos da ditadura brasileira foram aceitos como  Registro Memória Mundo 2011.
O anúncio foi feito, nesta quarta-feira, em Paris, sede da Unesco. A rede de informação e contra-informação do período militar de 1964 a 1985 é composta por 17 fundos, considerados pela agência da ONU, “essenciais à construção da história e regimes de exceção na América Latina na segunda metade do século 20, e para a proteção dos direitos humanos”.
 
Países Latino-Americanos
 
Os documentos da ditadura fazem parte da coleção de vários arquivos públicos no Brasil. A informação também está ligada a outros países latino-americanos que sofreram os regimes militares como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
Parte da informação aceita pela Unesco para se tornar Registro Memória do Mundo contem depoimentos de militantes de organizações clandenstinas e arquivos particulares.
Os documentos podem ser acessados nos sites Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil e Memórias Reveladas.
 
Presidente João Goulart
 
O golpe militar de 31 de março de 1964, que depôs o presidente da República João Goulart deu início à ditadura brasileira, que durou por 21 anos no país.
Dois meses depois, em 13 de junho, foi criado o Serviço Nacional de Informações, SNI. Segundo o documento enviado para a inscrição na Unesco, das 4.841 penalidades oficiais impostas pelo regime militar, quase 3 mil foram baseadas em informações do SNI.
Além dos arquivos da ditadura, foram inscritos mais 44 itens de várias partes do mundo no Registro Memória do Mundo, da Unesco. Os arquivos da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, uma inscrição conjunta de oito países incluindo Brasil, Gana e Estados Unidos também fazem parte da lista.

domingo, 29 de maio de 2011

Ex-generais da ditadura argentina condenados à prisão perpétua


Militares violaram os direitos humanos na província de Tucumán e perdaram direito de receber a aposentadoria


BUENOS AIRES - Os ex-generais argentinos Antonio Bussi e Luciano Menéndez foram dispensados do Exército para cumprirem a pena de prisão perpétua à qual foram condenados por cometer crimes contra a humanidade, informou neste sábado (28) o Ministério da Defesa do país.

A resolução que dispõe da dispensa dos dois ex-generais de divisão, condenados por violação dos direitos humanos na província de Tucumán durante o período da ditadura (1976-1983), foram assinadas por Arturo Puricelli, ministro da Defesa. A baixa acarreta na perda do direito de ambos receberem a aposentadoria.

Menéndez, de 83 anos, e Bussi, de 85, foram condenados em agosto de 2008 como co-autores do sequestro, tortura e assassinato do senador peronista Guillermo Vargas Aignasse, em 1976, em Tucumán.

Eles receberam penas de "prisão perpétua e inabilitação absoluta e perpétua".

Desde a anulação em 2003 das leis de anistia, dezenas de processos relacionados a crimes contra a humanidade estão em curso na Argentina.

Cerca de 30 mil pessoas despareceram durante a ditadura no país, de acordo com números dos organismos humanitários.