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admin em Mar 4, 2012 em
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No dia primeiro de março, o ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964, completaria 94 anos. Coincidentemente, neste dia se adensava a repercussão do manifesto de generais golpistas, hoje na reserva, contra a atual presidenta Dilma Rousseff.
A propósito, o site do Instituto João Goulart publicou artigo de Eduardo Guimarães, sob o título “Tem cara de 1964, cheiro de 1964, mas é 2012… Ou não?”, em que o articulista afirma:
“Os militares da reserva – que muitos chamam de militares de pijama, mas que adotam discurso grandiloqüente e ameaçador que obriga a duvidar de que sejam só velhinhos mal-humorados – deixam ver que continuam dando tão pouco valor ao voto popular quanto davam há pouco menos de meio século, quando jogaram no lixo outros tantos milhões de votos e puseram o eleito para correr, após o que passaram a impedir que a sociedade expressasse seus desejos políticos devido a que certamente achavam que estes não seriam de seu agrado”.
Íntegra do artigo de Eduardo Guimarães:
Lei também artigo de Romildo Bolzan sobre João Goulart
Dia primeiro de março é data para celebrarmos o aniversário do último Presidente trabalhista do Brasil. João Belchior Marques Goulart completaria exatos 93 anos de idade. Hoje, incumbido na missão de Presidir em âmbito Estadual ao Partido Democrático Trabalhista, partido este que carrega a herança de Vargas, Jango e Brizola, não posso deixar de formular uma reflexão pública sobre o papel fundamental de nosso aniversariante, protagonista de um período onde os sonhos de uma nação foram postergados por um golpe arbitrário.
João Goulart, ou apenas Jango, deputado estadual em 1947, Deputado Federal em 1950, Secretário de Interior e Justiça do Rio Grande do Sul no Governo de Ernesto Dorneles, Presidente Nacional do PTB, Ministro do Trabalho do Presidente Vargas em 1953, Vice Presidente de Juscelino Kubitchek, Vice Presidente de Jânio Quadros e Presidente do Brasil entre sete de setembro de 1961 e trinta e um de março de 1964.
Herdeiro político do Presidente Vargas, não apenas nós trabalhistas temos dever de reverenciar a memória de um herói da Pátria, mas sim todos aqueles cidadãos que desejam ver um Brasil de oportunidades para todos.
Jango foi o Presidente das Reformas de Base que a Ditadura buscou incessantemente apagar da memória dos brasileiros durante mais de vinte anos. Qual o motivo? Poderíamos elencar vários. Um deles com certeza é o temor das elites interessadas na manutenção perpétua de regalias e enriquecimento a custa da espoliação dos trabalhadores. O nosso aniversariante se empenhou como nenhum outro Presidente em mobilizar as massas para que o povo seja o verdadeiro protagonista das grandes transformações nacionais.
No que depender do Partido Democrático Trabalhista, sempre estaremos em prontidão para a manutenção do fio da história. Porque esta é a nossa razão de ser. Um partido viável para as necessárias transformações sociais, políticas e econômicas que, seguindo o exemplo de Jango, não se curva perante o grito dos poderosos. Que dentro dos preceitos democráticos segue até o fim em nome da defesa dos trabalhadores, na propagação da Carta Testamento do Presidente Vargas, e no sacrifício extremo dos grandes homens cientes de que vale a pena dedicar uma vida por uma causa justa.
Romildo Bolzan Jr
Presidente do PDT